Alguém já ouviu falar?
Segundo informações do The Museum of Menstruation and Women’s Health, o coletor menstrual é produzido industrialmente desde a década de 1930 (há registros de coletores rudimentares circulando desde 1867). O primeiro coletor patenteado era assinado por Leona Chalmers e foi concebido nos Estados Unidos com o nome de Tass-ette; a idéia era fabricá-lo em borracha vulcanizada. Houve uma venda e divulgação significativa do coletor nesta década, e se seguiu um longo silêncio acerca do assunto.
Na década de 1950, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial foram fabricados coletores nos Estados Unidos; a fabricação foi interrompida sem lucros anos depois, em 1963, por carência de látex, e por não ter se tornado muito popular, devido à opinião das mulheres: o achavam muito grande, rígido e pesado, além da questão cultural que envolve a manipulação da genitália e das secreções vaginais.
O coletor reapareceu em 1970, agora com o nome de Tassaway. Desta vez, ressurgiu como um coletor descartável. A fábrica acabou sendo fechada em poucos anos.
Desde 1987 é fabricado, também nos Estados Unidos, o coletor The Keeper, feito em látex. Foi o primeiro modelo fabricado em dois tamanhos, um deles voltado para mulheres mais jovens e sem filhos. Foi-se tornando bastante popular por ser reutilizável e duradouro, permitindo grande economia de dinheiro ao longo dos anos; além disso, desde o seu predecessor, Tassaway, o coletor recebeu boas críticas dos médicos, que o julgaram extremamente seguro, inócuo e capaz de reduzir a ocorrência de infecções genitais comumente relacionadas ao uso de absorventes externos (tanto descartáveis quanto reutilizáveis) e tampões. O coletor menstrual The Keeper, de látex, continua à venda até hoje.
Nos últimos anos, os coletores vêm sendo fabricados em materiais alternativos como o silicone médico, por conta da possibilidade de alergia gerada pelo uso do látex. Muitas fábricas entraram na produção dos coletores, o que permite maior possibilidade de escolha entre modelos, formatos, cores, possibilitando assim uma maior adequação entre as usuárias.
Benefícios:
- Economia – os coletores podem durar até 10 anos quando recebem cuidados adequados. Algumas marcas recomendam troca anual ou a cada 5 anos, outras o anunciam com validade indeterminada, embora em geral a troca seja definida pela usuária. O custo inicial de um coletor é maior do que o dos absorventes tradicionais, mas este custo é dissolvido ao longo do tempo de uso.
- Consciência ambiental – com os coletores reutilizáveis, apenas o fluxo menstrual é descartado, o que contribui para menor produção de lixo. O algodão utilizado pela maior parte dos fabricantes de absorventes é alvejado, o que pode ser muito prejudicial ao meio ambiente e deixa traços de dioxina (um possível carcinógeno) no algodão.
- Portabilidade – é muito mais cômodo carregar um único coletor do que vários absorventes.
- Conforto – o coletor menstrual é utilizado internamente, no canal vaginal. O coletor não causa sensação de peso e não incomoda ao urinar. Também não altera as condições de umidade, pH e flora vaginal, por ser feito de silicone e não ter função absorvente. O coletor também pode ser usado durante atividade física na água e fora dela, e pode ser usado antes do início da menstruação (ideal para mulheres com ciclos irregulares).
- Baixo risco de infecções – não há casos relatados de Síndrome do choque tóxico (sigla SCT, geralmente ligado ao uso de tampões tradicionais) em mulheres que usam o coletor. Quando usados corretamente, os coletores não aumentam os riscos de infecção. Há estudos que comparam a ocorrência de casos de endometriose entre mulheres que usam o coletor, mas não há evidências suficientes de que o dispositivo aumente a probabilidade de desenvolvimento de qualquer desordem de saúde.
- Comodidade – os coletores têm capacidade para um volume de fluxo muito maior do que os tampões ou absorventes, o que permite um uso muito mais longo mesmo entre mulheres com fluxo intenso.
Existem, atualmente, dois tipos de coletores disponíveis no mercado:
O mais comum possui a forma de um sino ou taça, feito em silicone médico, elastômero termoplástico ou látex. É reutilizável e possui vida útil estimada entre 5 e 10 anos. Atualmente, é fabricado por diversas marcas, entre elas: Alicia, Divacup, Femmecup, Fleurcup, Iriscup, Keeper, Lunette, MeLuna, Miacup, Misscup (Brasil),, Mooncup (UK), Mooncup (US), Mpower, Naturcup, Shecup, Yukkicup.
Existe um modelo menos comum, feito em polietileno e de forma similar ao diafragma. Este último modelo é descartável; é encontrado apenas na marca Instead. Por ser bastante flexível e macio, o modelo descartável pode ser usado durante o sexo (embora não seja um contraceptivo e não deva ser usado como um). Os modelos reutilizáveis em forma de taça devem ser removidos antes do ato sexual.
Muito importante saber de certas coisas, obrigada pela informação.
ResponderExcluirSeguindo, me segue tbm!
http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/
bjsss